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sábado, 10 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
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Fotos dos SARAUS e TEATROS, em breve! Acessar http://primeiros2008.blogspot.com
O CAVALEIRO DO AMOR
Sílvia Schmidt
Um dia, numa praça, um jovem exibia seu coração, o mais bonito daquela cidade. Uma grande multidão se aproximou e admirou aquele coração, pois era perfeito. Não havia nele um único sinal que lhe prejudicasse a beleza. Todos reconheceram que realmente era o coração mais bonito que já haviam visto. O jovem estava vaidoso e o ostentava com crescente orgulho.
De repente um velho homem, montado num cavalo, surgiu do meio da multidão, desceu ao chão e bradou:
“Seu coração nem de longe é tão bonito quanto o meu!”
O jovem e a multidão olharam para o coração do velho homem que batia fortemente, mas era cheio de cicatrizes. Havia lugares onde faltavam pedaços e também partes com enxertos que não se encaixavam bem, que tinham as laterais ressaltadas.
A multidão se espantou:
“Como pode ele dizer que seu coração é mais bonito?”
O jovem olhou para o coração do velho homem e disse, rindo:
“O senhor deve estar brincando! Compare seu coração com o meu e veja. O meu é perfeito e o seu é uma confusão de cicatrizes e emendas!”
“Sim”, disse o velho homem.
“O seu tem aparência perfeita, mas eu nunca trocaria o meu por ele. As marcas representam pessoas a quem dei o meu amor. Eu arranquei pedaços do meu coração e dei a elas e, muitas vezes, elas me deram pedaços de seus corações para colocar nos espaços deixados; como esses pedaços não eram de tamanho exato, hoje parecem enxertos feios e grosseiros, mas eu os conservo como lembranças de amor que dividimos. Algumas vezes eu dei pedaços do meu coração e as pessoas que os recebem não me deram em retorno pedaços de seus corações: esses são os buracos que você vê. Dar amor e arriscar. Embora esses buracos doam, eles permanecem abertos lembrando-me do amor que tenho por aquelas pessoas, e eu tenho esperança de que um dia elas me dêem retorno e preencham os espaços que ficaram vazios. Agora você consegue ver o que é beleza de verdade?”
O jovem ficou em silêncio, com lágrimas rolando por suas faces.
Caminhou em direção do velho homem, olhou para o próprio coração e arrancou um pedaço do seu, oferecendo-o com as mãos trêmulas.
O homem pegou aquele pedaço, colocou-o no coração e tirando um outro pedaço do seu, colocou-o no espaço deixado no coração do jovem. Coube, mas não perfeitamente, já que havia irregularidades beiradas.
O jovem olhou para o seu antes tão perfeito coração. Já não tão perfeito depois disso, mas muito mais bonito do que sempre fora, já que o amor do velho homem entrara nele.
Diante da multidão que os observava em respeito silêncio, eles se abraçaram e saíram andando lado a lado, seguidos pelo cavalo, cujas patas batendo no solo emitiam o som de corações pulsando...
COMO É O SEU CORAÇÃO?
terça-feira, 6 de maio de 2008
Amo-te tanto, meu amor…
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te enfim, de um calmo amor presente,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e cada instante
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.