O que você prefere ler?

domingo, 23 de novembro de 2008

Palavras...


"Sou um gigolô das palavras.
Vivo às suas custas.
E tenho com elas a exemplar
conduta de um cáften
profissional.
Abuso delas. Só uso as que eu
conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente
traiçoeiras.
Luís Fernando Veríssimo

domingo, 26 de outubro de 2008

Vivendo e Aprendendo

*
*

"Eu sempre disse a mim mesma
Que águas passadas não movem moinhos
Mas a saudade é um rio
Que vive passando pelo meu caminho
Quanto mais digo que odeio
Mais eu te rodeio com meu pensamento
Não adianta tentar te lembrar de outro jeito
Se o meu coração ama até seus defeitos
...
Todas as dores do mundo
Não ferem tão fundo
Quanto a sua ausência
Que me retalha, me corta,
Quase fecha a porta da minha existência
Vejo teu rosto nas ruas
E em todas as luas peço a sua volta
Não adianta lutar contra essa lembrança
Se eu sei que o meu coração não descansa
E sofre de tanto viver por você
...
E me pego aqui sozinho
Relembrando coisas que eram de nós dois
Choro quando a saudade dói em mim depois..."

ÁGUAS PASSADAS
Letras de Maria Cecilia E Rodolfo




Moinho da Casa da Erva-Mate em São Pedro - Distrito de BG/RS


Aprendi
Que os amores eternos podem acabar do dia pra noite;
Que os grandes amigos podem se tornar grandes inimigos;
Que o amor, sozinho, não tem a força que eu imaginei;
Que posso ter dito que amei e no fundo descobrir que nem gostei;
Que ouvir aos outros pode ser o melhor remédio ou o pior veneno;
Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, afinal levamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos;
Que confiança não é questão de luxo, e sim sobrevivência;
Que os poucos amigos que te apoiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos que te empurram;
Que o "nunca mais" nunca se cumpre;
Que o "para sempre" sempre acaba;
Que vou sempre me surpreender, seja com as pessoas ou comigo mesmo;
Que vou cair e milhões de vezes ainda, mas a única certeza é que vou me levantar, ainda mais forte.
http://www.fernandocarrara.blogspot.com/

Como é tão sofrido, hoje, dizer aprendi. Pois não se aprende sem se ter vivido, se aventurado...se machucado. Mas aí está a graça da vida, recriar-se nesse recolher de pedaços, de erros, de acertos. VIVER!!!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

CONGRESSO DE POESIA NO MESTRE

ESCOLA MESTRE RECEBE POETAS DO CONGRESSO DE POESIA
Na semana de 08 a 10 de outubro, a escola participou do Congresso de Poesia. Nesses dias, os alunos viveram um mundo literário, cercados de arte, música e poesia de e por todos os lados.


Na quarta-feira, 08 de outubro, Chico Araújo, professor e poeta Cearense, palestrou sobre a POESIA NO SÉCULO XXI, POÉTICAS REAIS EM AMBIENTES VIRTUAIS. Com mostras de poesias de diversos autores de sites e blogs, comprovou o quanto a virtualidade que torna a leitura de textos dos mais diversos autores, não tira a sua propriedade de ser REAL. Apenas o meio em que é divulgada é que a torna virtual, mas não de menor valor, tanto que ela se agrega de outras artes e se torna múltipla.




Logo a seguir, Artur Gomes, artista carioca, e Mayara Pasquetti, artista bento-gonçalvense, apresentaram uma performance belíssima mesclando declamação e dramaturgia, trazendo aos nossos alunos todo o lirismo de poetas como Oscar Bertoldo, Vinícius de Moraes, Paulo Lemisnki e do próprio Artur Gomes.







Na quinta-feira, foi a vez do poeta Wilmar Silva(BH-MG) sacudir as bases do formalismo com a Poesia Experimental, numa apresentação simples e cheia de significados construídos na própria destruição da poesia, construindo um fazer poético . Aos olhos atentos dos alunos, destruiu uma rosa, destruiu um livro. Maneira talvez de mostrar o quanto todo o material é efêmero.



A aluna Ana Luísa Franciscatto Guerra da turma 31M fez questão de declamar uma poesia do livro..., mas será que ela conseguiu?!!



O discurso poético de Luiz Edmundo Alves (BH-MG), que antecedeu seu trabalho, relatou em prosa e verso o quanto a vida é fugaz. E que talvez a poesia seja uma forma de se tornar eterno, como também humano, como também real.




Encerrando a segunda manhã de atividades, a cantora Rosa Helena(BH-MG), acompanhada da professora Maria das Graças Resende(BH-MG) e do violonista Giovani Pinceta(BG-RS), adentrou ao salão de eventos empunhando a bandeira do Divino e cantando o hino que muitos já ouviram nas festas do Divino. Rosa Helena relatou fatos interessantes das obras de Guimarães Rosa, apresentado toda a magia de seus personagens através de música e poesia, encantando e envolvendo a todos os participantes.




QUER SABER O QUE HOUVE NO SARAU À NOITE, CLIQUE AQUI****

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Alegria


Tão bom quanto morrer de amor, é continuar vivendo. (Mario Quintana)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

PROJETO AUTOR NA ESCOLA



Caio Riter, escritor portoalegrense visitou nossa escola e trouxe muitas histórias que empolgaram a platéia animada dos primeiros anos.





Após um bate-papo descontraído, o autor autografou suas obras A DOBRA DO MUNDO e TEIA DE SILÊNCIOS.Quer saber mais? Clique aqui

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

ATENÇÃO: REGULAMENTO DO CONCURSO LITERÁRIO (CONTOS)

EXTRATO

VII Concurso Literário de Bento Gonçalves
lançado durante a 23ª Feira do Livro





* Tema: ‘Relíquias da Casa Velha’, em homenagem ao Centenário de Falecimento de Machado de Assis.

* Realizado na Modalidade Conto, o concurso abrangerá as categorias: Estreante e Não Estreante. É considerado estreante o concorrente que não tenha nenhum trabalho publicado, premiado ou divulgado pela imprensa na referida modalidade.

* Os trabalhos serão julgados por uma comissão composta de membros de reconhecida capacidade intelectual, que estarão avaliando os critérios de criatividade, correção lingüística, originalidade e relação direta com o tema ‘Relíquias da Casa Velha’. Serão selecionados os três melhores trabalhos de cada categoria, sendo que a comissão julgadora poderá distribuir menções honrosas.

****Interessados podem se inscrever até o dia 05 de setembro na Biblioteca Pública Castro Alves. Toda correspondência deverá ser enviada à Biblioteca, na Rua Ramiro Barcelos, 600 – Bento Gonçalves – RS, CEP 95700-000, e-mail: bpcastroalves@terra.com.br. Telefones: (54) 3452-5344 e 3451-8977.

* As produções devem ser inéditas, sendo que cada concorrente tem o direito de participar com, no máximo, três trabalhos, somente em uma categoria e com o mesmo pseudônimo.

* No ato da inscrição, os trabalhos devem apresentar as seguintes características:
- datilografados (espaço 2) ou digitados (fonte arial ou times new roman, tamanho 12 - entre linhas 1,5) em folha branca, tamanho A4, em quatro vias.
- Os trabalhos deverão ser acompanhados de outro envelope fechado, contendo a ficha de inscrição datilografada/digitada ou preenchida em letra de forma. Na parte externa dos dois envelopes deverá constar apenas o título do trabalho, pseudônimo e categoria, assim como no próprio trabalho.
- O não cumprimento das orientações implicará na desclassificação do trabalho.


* Conforme o regulamento, os autores premiados deverão renunciar e ceder os respectivos direitos autorais de publicação para a Fundação Casa das Artes de Bento Gonçalves – Biblioteca Pública Castro Alves. Os concorrentes também deverão permitir a utilização de seus nomes, fotografias ou filmagens para a divulgação do prêmio sem qualquer ônus para os promotores.


FONTE : http://www.portocultura.com.br/literatura/?id=8&idNot=265

PARTICIPE TAMBÉM DO CONCURSO DE POESIAS DE VERANÓPOLIS, ACESSE O REGULAMENTO ATRAVÉS DO ENDEREÇO ABAIXO:

http://www.veranopolis-rs.com.br/imagens/regulamento_literario.jpg


BOA SORTE A TODOS!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

"OS POETAS ENSINAM A VER"


Ilustração: Airon Barreto
Airon Barreto é ilustrador, cartunista e diretor de animação. Colabora com várias editoras e é responsável por vários curtas e vinhetas de animação para o estúdio Maurício de Sousa. Conheça um pouco mais de seus trabalhos em www.airon.zip.net.










Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".
Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".

Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

O texto acima foi extraído da seção "Sinapse", jornal "Folha de S.Paulo", versão on line, publicado em 26/10/2004

TEXTO EXTRAÍDO DE:http://www.releituras.com/i_airon_rubemalves.asp

sábado, 2 de agosto de 2008

A cultura muda o cérebro?


Para julgar a si próprios, ateus e cristãos usam diferentes circuitos cerebrais, mostram pesquisas

Leia mais em: Ciência Hoje

terça-feira, 29 de julho de 2008


“Pois ser humano, com toda a miséria e grandeza que isso significa, não é apenas desejar consolo e esperança, mas também abrir os olhos e enxergar além disso, sem perder a alegria. Lya Luft – O Silêncio dos Amantes.”

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A vida...


fonte http://guiadoviajante.com/wp-content/uploads/2007/07/andre05.jpg


"Na minha opinião, existem duas categorias principais de viajantes : os que viajam para fugir e os que viajam para buscar."
Érico Veríssimo

sábado, 19 de julho de 2008

PROJETO CASA VELHA

Sábado é bom pra dormir, ficar em casa?
Que nada, galera atrevida vai estudar!!! E Passear...
Abaixo você confere o objeto de nosso estudo. Tudo preparação para o Concurso de Contos "Relíquias da Casa Velha", baseado no conto de Machado de Assis "Casa Velha" que também vale a pena conhecer!


VISITA AOS CAMINHOS DE PEDRA NO DISTRITO DE SÃO PEDRO



Cantina Strapazzon(1880)





Casa Strapazzon

Casa totalmente em pedra irregular construída por volta de 1880.





Casa Merlo
Construída em 1889, com pedras de basalto irregular de cor preta, unidas entre si com uma mistura de feno, palha de trigo e estrume de vaca.




Vista do moinho da Casa da Erva-mate



e aí, a galera, posando pra foto junto ao tronco da "Maria-mole" usada como abrigo pelos primeiros imigrantes.
Legal, né?



Maria Mole (ou Umbu) sob seu tronco e raízes forma uma pequena gruta que era utilizada como abrigo pelos primeiros imigrantes.

veja mais fotos...

Agradecimentos a todos que nos atenderam com muita atenção e carinho!
Se você quiser saber um pouco mais dessa história fabulosa acesse:

http://www.caminhosdepedra.org.br

domingo, 29 de junho de 2008

CRIAÇÃO, EIS O PODER DA PALAVRA EM SUAS MÃOS!




Escrever é uma ação solitária, assim como a leitura. Porém é algo que se compartilha com um número infinito de pessoas. Algumas a quem agradamos, outras que nem sempre gostam de tudo, outras que reinventam o que escrevemos, outras que viajam juntos pelo mundo criado por nós, outras que nunca alcançam esse mundo.
Mas ao deixarmos nossa mão conduzir uma caneta sobre o papel ( ou os dedos sobre o teclado), algo extraordinário, exclusivo e fabuloso começa a ser produzido. Algo que só aconteceu até agora no nosso pensamento, mas que outros olhos poderão passear por este universo, conhecendo coisas que só eu, só você sabemos.
Agora é hora de revelarmos esses mistérios, portanto, mãos à caneta, ao teclado, ao trabalho!
Desejo uma boa viagem a todos! Ah, não esqueçam de seus amuletos da sorte, poderão ser úteis!


PROJETO DE LEITURA PRIMEIROS 2008

O escritor Caio Ritter autor das obras Dobras do Mundo e Teia de Silêncios, obras que são tema do trabalho realizado pelas turmas de primeiro ano do diurno no projeto de literatura deste ano, aceitou lançar um desafio aos alunos: iniciar um conto para que os mesmos desenvolvam a história e a finalizem. A visita do autor à escola está agendada para dia 21 de agosto do corrente ano, onde poderá prestigiar as obras em co-autoria feitas pelos alunos de nossa escola.
Abaixo você pode conferir a proposta do início de um conto apresentada pelo autor.




Na noite escura
Caio Riter

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.
Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.

...

Agora a palavra é sua! Bom trabalho e boa sorte!


quarta-feira, 25 de junho de 2008

VOCÊ TEM MEDO DE QUÊ?


Ei, você aí, tem medo de alguma coisa? Pense bem, lá no fundinho, sem ninguém saber, tem alguma coisa que o(a) assusta?

Então prepare-se para grandes emoções...


Lembra aquela história que alguém contou numa noite qualquer, daquela noiva que..., ou ainda a Maria, do morro, de Porto Alegre..., e o espelho, quanta magia, quanto mistério pode um espelho revelar?


Curiosos(as)? Peçam para os alunos dos primeiros anos, eles saberão lhes contar tudo isso e muito mais!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Visite a feira do livro: de 05 a 18 de maio

Aguardem!

Fotos dos SARAUS e TEATROS, em breve! Acessar http://primeiros2008.blogspot.com

O CAVALEIRO DO AMOR
Sílvia Schmidt

Um dia, numa praça, um jovem exibia seu coração, o mais bonito daquela cidade. Uma grande multidão se aproximou e admirou aquele coração, pois era perfeito. Não havia nele um único sinal que lhe prejudicasse a beleza. Todos reconheceram que realmente era o coração mais bonito que já haviam visto. O jovem estava vaidoso e o ostentava com crescente orgulho.
De repente um velho homem, montado num cavalo, surgiu do meio da multidão, desceu ao chão e bradou:
“Seu coração nem de longe é tão bonito quanto o meu!”
O jovem e a multidão olharam para o coração do velho homem que batia fortemente, mas era cheio de cicatrizes. Havia lugares onde faltavam pedaços e também partes com enxertos que não se encaixavam bem, que tinham as laterais ressaltadas.
A multidão se espantou:
“Como pode ele dizer que seu coração é mais bonito?”
O jovem olhou para o coração do velho homem e disse, rindo:
“O senhor deve estar brincando! Compare seu coração com o meu e veja. O meu é perfeito e o seu é uma confusão de cicatrizes e emendas!”

“Sim”, disse o velho homem.
“O seu tem aparência perfeita, mas eu nunca trocaria o meu por ele. As marcas representam pessoas a quem dei o meu amor. Eu arranquei pedaços do meu coração e dei a elas e, muitas vezes, elas me deram pedaços de seus corações para colocar nos espaços deixados; como esses pedaços não eram de tamanho exato, hoje parecem enxertos feios e grosseiros, mas eu os conservo como lembranças de amor que dividimos. Algumas vezes eu dei pedaços do meu coração e as pessoas que os recebem não me deram em retorno pedaços de seus corações: esses são os buracos que você vê. Dar amor e arriscar. Embora esses buracos doam, eles permanecem abertos lembrando-me do amor que tenho por aquelas pessoas, e eu tenho esperança de que um dia elas me dêem retorno e preencham os espaços que ficaram vazios. Agora você consegue ver o que é beleza de verdade?”
O jovem ficou em silêncio, com lágrimas rolando por suas faces.
Caminhou em direção do velho homem, olhou para o próprio coração e arrancou um pedaço do seu, oferecendo-o com as mãos trêmulas.
O homem pegou aquele pedaço, colocou-o no coração e tirando um outro pedaço do seu, colocou-o no espaço deixado no coração do jovem. Coube, mas não perfeitamente, já que havia irregularidades beiradas.
O jovem olhou para o seu antes tão perfeito coração. Já não tão perfeito depois disso, mas muito mais bonito do que sempre fora, já que o amor do velho homem entrara nele.
Diante
da multidão que os observava em respeito silêncio, eles se abraçaram e saíram andando lado a lado, seguidos pelo cavalo, cujas patas batendo no solo emitiam o som de corações pulsando...


COMO É O SEU CORAÇÃO?


terça-feira, 6 de maio de 2008


AMO-TE
Amo-te tanto, meu amor…
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te enfim, de um calmo amor presente,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e cada instante
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
(Vinícius de Moraes)

domingo, 20 de abril de 2008

O que não é permitido pela realidade, no sonho torna-se possível...


Meu sonho

Parei águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
Ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.

Cecília Meireles

terça-feira, 15 de abril de 2008

domingo, 6 de abril de 2008

VISITE OS BLOGS DO ROMANTISMO :D

"No poema e nas nuvens cada qual descobre o que deseja ver."

"Tudo o tempo leva
a própria vida não dura.
Com sabedoria, colhe a alegria de agora para a saudade futura. "
Helena Kolody

Aviso: endereço dos blogs das turmas de 2º ano serão recebidos até 13/04/2008.
Bom trabalho!

quinta-feira, 13 de março de 2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

Dia 14 de março, dia nacional da POESIA


Ler....


" Ler é cuidar-se, rompendo com as grades do isolamento.


Ler é evadir-se com o outro, sem contudo perder-se nas várias faces da palavra.


Ler é encantar-se com as diferenças." ( Bartholomeu Campos de Queirós)


Fonte: http: www.wseditor.com.br