O que você prefere ler?

domingo, 29 de junho de 2008

CRIAÇÃO, EIS O PODER DA PALAVRA EM SUAS MÃOS!




Escrever é uma ação solitária, assim como a leitura. Porém é algo que se compartilha com um número infinito de pessoas. Algumas a quem agradamos, outras que nem sempre gostam de tudo, outras que reinventam o que escrevemos, outras que viajam juntos pelo mundo criado por nós, outras que nunca alcançam esse mundo.
Mas ao deixarmos nossa mão conduzir uma caneta sobre o papel ( ou os dedos sobre o teclado), algo extraordinário, exclusivo e fabuloso começa a ser produzido. Algo que só aconteceu até agora no nosso pensamento, mas que outros olhos poderão passear por este universo, conhecendo coisas que só eu, só você sabemos.
Agora é hora de revelarmos esses mistérios, portanto, mãos à caneta, ao teclado, ao trabalho!
Desejo uma boa viagem a todos! Ah, não esqueçam de seus amuletos da sorte, poderão ser úteis!


PROJETO DE LEITURA PRIMEIROS 2008

O escritor Caio Ritter autor das obras Dobras do Mundo e Teia de Silêncios, obras que são tema do trabalho realizado pelas turmas de primeiro ano do diurno no projeto de literatura deste ano, aceitou lançar um desafio aos alunos: iniciar um conto para que os mesmos desenvolvam a história e a finalizem. A visita do autor à escola está agendada para dia 21 de agosto do corrente ano, onde poderá prestigiar as obras em co-autoria feitas pelos alunos de nossa escola.
Abaixo você pode conferir a proposta do início de um conto apresentada pelo autor.




Na noite escura
Caio Riter

Noite de vento e de frio. Hálito gelado da cerração que cai sobre casas e árvores. Maria enrola-se no xale negro e sai. Parada na porta, ainda segura o ferrolho. A noite escura sobre os pinheiros amedronta. No entanto, precisa ir, sabe que tem que ir.
Passa a chave na porta, espera que o filho durma tranqüilo até a sua volta. Que deseja ser breve. Respira fundo e desce os poucos degraus de madeira da escada. E, sem olhar para trás, para a segurança da casa, corre em direção à floresta.
Coração em pulos. Passos firmes, mãos a segurar o xale que fora da avó.
Corre. Pés, por vezes, trôpegos no desconhecido do terreno mergulhado no escuro.
Na curva do caminho, desvia os olhos para o lado. Teme as cruzes e os anjos imponentes do cemitério abandonado. Caminho obrigatório para chegar ao seu destino. Quer correr, todavia, algo a faz parar. Uma luminosidade estranha vinda dos lados do cemitério, e um uivo. Quase choro, de fera em sofrimento.
Coração descompassado. Volta os olhos para o Campo Santo e vê aquilo que jamais pensou ver em sua breve vida.

...

Agora a palavra é sua! Bom trabalho e boa sorte!


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